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- por André Araújo
- em 18/07/2016
Uma Rosa, um novo percurso...
Manhã de domingo ensolarada e quente no inverno de Salvador hoje. Domingo de mais uma corrida como em tantas outras cidades do país. Antes do pórtico muitos corredores se amontoavam para largada de mais uma prova.
No entanto, especialmente hoje, faltou alguém junto conosco nesta largada... Dona Antônia Rosa, como carinhosamente a chamamos, não estava lá. Ela resolveu largar antes da gente para um novo trajeto na sua existência.
A partir de agora era irá percorrer novos percursos e nos deixa a saudade da sua presença sempre simpática, deixa a lembrança da amiga de vários abraços de corrida. Vai nos deixar também aquela imagem terna de um sorriso franco, que transmitia toda a sua alegria de correr tantas provas ao longo dos anos. Com seus 73 anos de idade, sempre nos presenteava com um sorriso de criança quando subia aos pódios.
Ela que já foi a recordista brasileira, com o melhor tempo em maratonas na faixa etária dela. Ela que tanto nos alegrava em nossos encontros, tantas vezes ocasionais, mas não menos intensos de contentamento. Ela que trazia a singeleza de ter “rosa” no seu nome.
Ela que era nossa referência de força, de entrega às provas e de simplicidade e garra, agora cruza outros pórticos de chegada...
Siga em frente, Dona Antônia Rosa e leve consigo nosso abraço e nosso beijo carinhoso.
O seu semblante marcante com o seu sorriso cativante ficará aqui conosco!
André Araújo
“Aquele vento que derruba as folhas velhas das árvores pode ser o mesmo que traz e espalha novas sementes”
(Autor desconhecido)